A Polícia Federal iniciou na manhã desta quarta-feira, 22, uma operação para desarticular uma organização criminosa que pretendia realizar ataques contra funcionários e autoridades públicas, incluindo assassinatos e extorsão por meio de sequestros.
O senador Sergio Moro (União Brasil), ex-juiz da Lava Jato, era um dos alvos do grupo criminoso. Segundo a PF, a organização atuava em São Paulo, Paraná, Rondônia, Mato Grosso do Sul e Distrito Federal.
Segundo a investigação, os ataques podem acontecer simultaneamente nessas cinco regiões. Os principais em investigação estão nos estados de São Paulo e Paraná.
São cerca de 120 policiais federais em Mato Grosso do Sul, Rondônia, São Paulo e Paraná que cumprem 21 mandados de busca e apreensão, sete mandados de prisão preventiva e quatro mandados de prisão temporária.
Nove pessoas (seis homens e três mulheres) foram presas até agora.
Em São Paulo, a PF apreendeu durante buscas joias, dinheiro guardado em cofre, celulares, uma motocicleta e um carro de luxo.
Moro foi às redes sociais nesta manhã para falar sobre a operação e disse que falaria sobre o assunto na tribuna do Senado.
“Farei um pronunciamento nesta tarde do plenário do Senado sobre os planos de retaliação do PCC contra mim, minha família e outros funcionários públicos. Por ora, agradeço à PF, PM/PR, polícias legislativas do Senado e da Câmara, PM/SP, MPE/SP e seus representantes pelo apoio e trabalho realizado”, escreveu o ex-juiz.
O ministro da Justiça também comentou as prisões nas redes sociais. “Um plano de assassinato contra vários funcionários públicos (incluindo um senador e um promotor) foi investigado e identificado. A Polícia Federal está prendendo e procurando essa quadrilha hoje”, escreveu Dino sem citar Moro.