Enquanto municípios como Tauá e Quixeramobim, ao longo dos últimos anos, acumularam vitórias políticas significativas, Crateús parecia estar sempre um passo atrás. O Instituto Médico Legal (IML), tão necessário para a região, foi instalado primeiro em Tauá, apesar de Crateús ser um polo mais populoso. Já o tão prometido Hospital Regional, que políticos de várias siglas disseram que seria implantado em Crateús, acabou sendo entregue em Quixeramobim. Faltava força política, articulação, alguém que realmente puxasse a brasa para o lado dos Sertões de Crateús.
Esse cenário, no entanto, começa a mudar. A prefeita Janaína Farias, mesmo enfrentando resistência e tendo que disputar espaço com nomes influentes da política estadual e nacional, conseguiu vencer uma verdadeira queda de braço. E a vitória não foi pequena: a implantação de um Centro Regional de Tratamento de Câncer em Crateús, um avanço gigantesco para a saúde pública da macrorregião dos Sertões de Crateús, que engloba dezenas de municípios.
Essa conquista não é apenas mais uma obra; é um símbolo. Representa o início de uma virada histórica em que Crateús finalmente deixa de ser preterida e passa a ocupar o lugar de protagonista que sempre mereceu. A chegada de um centro especializado em oncologia representa mais do que estrutura física — significa esperança, dignidade e tratamento humanizado perto de casa para milhares de famílias que antes precisavam se deslocar até Sobral ou Fortaleza.
A inauguração do equipamento deve ocorrer nos próximos dias, e será um divisor de águas. Desta vez, não foi Tauá, nem Quixeramobim. Foi Crateús. E isso se deve, em grande parte, à articulação política de Janaína Farias, que mostrou que não basta prometer — é preciso lutar, enfrentar resistências e, acima de tudo, entregar.
