Em audiência em Crateús, moradores cobram respostas do DNOCS sobre Barragem Fronteiras

DNOCS foi representado pelo engenheiro Régis Muratori. (Foto: TV Câmara Crateús)


Moradores da região onde ocorrem as obras da Barragem Fronteiras, participaram de audiência pública sobre as obras da Barragem Fronteiras, na Câmara Municipal de Crateús, na manhã de quarta-feira (13). Com a presença de vereadores, representantes de associações comunitárias, empresários e do engenheiro representante do Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (DNOCS), Régis Muratori, foram debatidos e apresentados vários problemas reclamados pelos moradores. 

Conforme Maria Lima, representante de associação do distrito de Curral Velho (dentro da bacia da barragem), o DNOCS peca em indenizações de desapropriações sendo realizadas em conta bancárias de pessoas já falecidas, impedindo que familiares tenham acesso aos recursos, casos de avaliações de propriedades incorretas e não há informações onde a comunidade será reassentada, mesmo já com 35% de obras em andamento. Outra reclamação é o cemitério da comunidade que o DNOCS pretenderia recolocar em terrenos não pertencentes aos moradores

Conforme o representante do DNOCS, haverá um novo decreto de desapropriação, que deverá ser lançado em um ano, com uma nova tabela de preços, com valores atualizados. Em relação aos reassentamentos o representante do DNOCS afirma que os projetos estão prontos, e contratarão consultoria de empresa de supervisão, para atualização dos projetos

Já em relação aos cemitérios, será construído um cemitério provisório, enquanto novos cemitérios não são reconstruídos. Os novos cemitérios serão, um na localidade de Assis, e outro no Curral Velho, que deve ser realizado através de licitação, sendo uma questão mais demorada. Enquanto isso, os cemitérios são interditados, não sendo mais possível realização de sepultamentos. O cemitério provisório deverá ser no mesmo local dos novos. 

No geral, foram discutidas na audiência, as questões sobre indenizações, situação dos assentados, remoção de rodovias e ferrovias, processos licitatórios, situação orçamentária e financeira, dentre outros. Apesar das críticas e reivindicações, o DNOCS afirma que as obras seguem a todo vapor. 

O representante do DNOCS afirmou ainda que dúvidas mais específicas serão respondidas por meio de reuniões nas comunidades.

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