Burocracia da ENEL ameaça atrasar obra da Barragem de Fronteiras e prejudicar população de Crateús, denuncia deputado

Foto: Júnior Pio

O deputado estadual De Assis Diniz (PT) denunciou o descaso da ENEL com um processo que pode atrasar a obra da Barragem de Fronteiras, no município de Crateús, para o Departamento Nacional de Obras Contra a Seca (DNOCS). 

“Caso a obra atrase haverá desemprego na região, a economia local sofrerá perda de circulação de recursos, e um enorme prejuízo ao Estado, pois a barragem é fundamental para a segurança hídrica de milhares de pessoas da região de Crateús e municípios vizinhos, principalmente numa quadra invernosa que promete boas chuvas, quando se poderia represar a água do rio Poti”, criticou.

Ocorre que faz parte do contrato com a empresa executora a implantação de nova rede de média tensão, atendendo os municípios vizinhos, e a remoção da rede existente, que ficará submersa quando do represamento das águas, o que acontecerá a partir de setembro de 2023. A construtora protocolou, em 21/10/22 (processo 320423222) solicitação de estudo de viabilidade técnica (AVT), objetivando viabilizar o projeto da rede de média tensão. Em 30/12/22, dois meses depois, a empresa recebeu e-mail solicitando informações adicionais. Por tratar-se de assunto tão relevante à sociedade, com prazo tão exíguo, foi solicitada reunião presencial, com representante da ENEL, para externar as condicionantes da nova rede de média tensão. Até hoje não houve resposta.

Trata-se da última grande barragem do Ceará, com volume de acumulação de 488 milhões de m³, com o potencial de irrigar seis mil hectares.  Com seu cronograma de execução em 38%, a obra se encontra na fase de execução das barragens de concreto e solo, o que acarretará o represamento das águas do rio Poti. 

O projeto prevê abastecimento, irrigação, aquicultura, lazer e controle de cheias do Rio Poti. A população beneficiada é superior a 300 mil pessoas. A obra está localizada a 60Km da cidade de Crateús. A barragem terá capacidade para acumular 488 milhões de m³ de água. O volume destinado à irrigação vai atender a aproximadamente 5.000 hectares de produção agrícola dos perímetros irrigados Platô Poty 1 e 2, Realejo, Graça Ampliação e Novo Oriente, além de ações de piscicultura local e indústrias.

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