A política de Ararendá voltou a ganhar repercussão após o prefeito Aristeu Eduardo ingressar com uma ação judicial contra o ex-ouvidor municipal Everton Torres, conhecido como Tonka CDS. O gestor afirma que publicações feitas por Tonka nas redes sociais teriam ofendido sua honra e afetado seu estado emocional. Na ação, pede uma indenização de R$ 3 mil e solicita que o ex-ouvidor seja proibido de citar seu nome ou opinar sobre ele nas redes sociais — pedido que gerou debate por tentar restringir críticas a um agente público, algo inerente ao processo democrático.
O ponto que mais chamou atenção, porém, é que o prefeito está sendo representado pelo procurador legislativo da Câmara Municipal, o advogado Lucas Moura. Ele é remunerado com recursos públicos para atuar em defesa da Câmara, mas aparece patrocinando um processo de interesse particular do prefeito, e ainda contra um desafeto político.
A situação levanta questionamentos sobre conflito de interesses, já que a Câmara é responsável por fiscalizar o chefe do Executivo municipal, e seu procurador não deveria, em tese, atuar em causas privadas que envolvam diretamente o prefeito — especialmente em disputas contra opositores políticos.
