A recente operação da Polícia Federal contra o deputado federal Júnior Mano (PSB-CE), deflagrada no dia 8 de julho, reacendeu discussões sobre interferência política e possíveis perseguições judiciais no cenário cearense. A ação teve como relator o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que é cunhado do ex-senador Chiquinho Feitosa, declarado pré-candidato ao Senado e rival direto de Júnior Mano na disputa por uma vaga em 2026.
Em uma análise publicada ainda em dezembro de 2024, o jornalista político Edison Silva já alertava para um possível cenário de turbulência política do deputado, caso fosse alvo de investigações conduzidas por figuras com fortes vínculos no Ceará, como o próprio Gilmar Mendes. Na ocasião, Édison afirmou que, devido ao conhecimento prévio do ministro sobre a atuação política de Júnior Mano e seu entorno, a defesa do parlamentar teria “muita dificuldade de convencê-lo de sua inocência”.
Apesar da operação atingir apenas Júnior Mano até o momento, outros nomes citados no inquérito, como os deputados José Guimarães (PT) e Yury do Paredão (PL), além do ex-senador Eunício Oliveira (MDB), estariam também sob investigação, segundo os bastidores de Brasília.
Júnior Mano é considerado um dos nomes mais fortes para disputar o Senado em 2026, e surgia como favorito frente a outros nomes, inclusive o próprio Chiquinho Feitosa. A operação pode beneficiar diretamente o empresário cearense.
A defesa de Júnior Mano nega qualquer irregularidade e afirma que o parlamentar está colaborando com as investigações. Ele reitera confiança na Justiça e afirma que provará sua inocência.
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