O anúncio da Receita Federal sobre o monitoramento de transações financeiras, incluindo o Pix e cartões de crédito, gerou forte reação no comércio de Crateús. A medida, que entrou em vigor em janeiro deste ano, já levou algumas lojas, como as de móveis e produtos para bebês, a anunciarem que não aceitarão mais pagamentos via Pix.
Conforme a Receita Federal, o objetivo é melhorar a fiscalização financeira e combater irregularidades por meio da plataforma e-Financeira. O monitoramento será acionado quando o total movimentado mensalmente ultrapassar R$ 5 mil para pessoas físicas ou R$ 15 mil para empresas. Apesar de a Receita negar a criação ou aumento de tributos para o Pix, consumidores e comerciantes manifestaram preocupação com as possíveis implicações.
Nas redes sociais, a insatisfação é evidente. Muitos consumidores afirmam se sentir “controlados”, enquanto pequenos comerciantes temem o impacto na dinâmica de suas vendas. A rejeição à medida vem acompanhada do receio de implicações fiscais, como multas, caso haja divergências entre os dados das instituições financeiras e os rendimentos declarados pelos contribuintes.
O governo federal nega qualquer taxação adicional sobre o Pix, mas admite que o cruzamento de dados poderá ser utilizado para identificar inconsistências fiscais. Apesar das garantias do governo, a mudança já afeta a rotina comercial de Crateús e coloca em debate a relação entre controle fiscal e liberdade econômica.