O santo popular: há 131 anos, chegava a Crateús o Padre Cícero Romão Batista

Conhecido por ser o santo popular dos romeiros, Padre Cícero Romão Batista tem amplo reconhecimento no país. Seus feitos políticos e religiosos proporcionaram o crescimento e o desenvolvimento da Região do Cariri Cearense. Visionário, o homem investiu na fé popular como um meio facilitador da solidariedade humana.

Em março de 1889, Pe. Cícero teria o seu sacerdócio abalado. Tudo ocorreu por conta de um fenômeno em que uma hóstia se transformou em sangue na boca da Beata Maria de Araújo. O caso teve grande repercussão, onde, naquele momento, a Igreja Católica não conseguiu atestar a veracidade do ocorrido, suspendendo a ordem de Padre Cícero.

Ainda com a ordem suspensa, o “Padim Ciço” foi convidado pelo casal José Coriolano Correia Lima, familiar do famoso poeta, e Zulmira Coriolano de Campos Lima para ser o padrinho da menina Zulmira, nascida na Villa de Caratheus aos 31 de julho de 1893.

Diz o pesquisador Raimundo Cândido que foi penosa a viagem, realizada em lombos de animais. Quando Padre Cícero aqui chegou, foi realizada a cerimônia de batismo aos 10 de agosto de 1893, conduzida por Antônio Cavalcante de Macedo Albuquerque, o Padre Macedo. Além do “Padim”, consta que Manoella Correia Lima foi a madrinha da menina na ocasião.

Após a solenidade, houve uma festa na casa de José Coriolano, local onde se hospedara Pe. Cícero. O líder religioso, dias depois, retornaria para o Cariri, levando de Crateús ajudas financeiras que auxiliariam em sua viagem a Roma, para uma reunião com o Papa Leão XIII. 

Texto escrito por: Kaio Martins Gomes, Cientista Político. 

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