Algumas pessoas afirmam que cada vez menos a humanidade pratica o ato da filantropia. O amor desinteressado ao próximo é um atributo inexistente na mentalidade do século. A falta desse atributo, contudo, não era característica de quem falaremos agora. Pessoa de bom coração, Pinto enveredou pela política por consequência de suas ações.
Francisco Pinto da Silva nasceu em Serrote, zona rural de Crateús, aos 23 de junho de 1959. Filho de agricultores, desde cedo precisou trabalhar no campo para ajudar sua família. Aliás, quem na infância o conheceu, desde logo apontava para a sua força trabalhadora. Além disso, Pinto possuía outra qualidade que o destacava naquela época: era o gosto por aprender. Tanto era assim que Pinto concluiu o curso de Técnico em Enfermagem já adulto, escolhendo o cuidado como o seu modo de agir.
Como técnico em enfermagem, Pinto exerceu a sua profissão por mais de 10 anos no Hospital São Lucas. Pelas boas práticas e serviços prestados, elegeu-se vereador e exerceu o cargo por vários anos com dedicação e seriedade. Em seus arquivos, o homem possuía uma cópia de cada projeto de lei que protocolou na câmara. Foram dezenas de pedidos dos mais variados tipos: solicitação de calçamento para localidades e cobrança por luz elétrica nos interiores, por exemplo.
A vida do homem, contudo, teria uma grande reviravolta. Diagnosticado com um câncer na cabeça, Francisco Pinto passou mais de um ano em tratamento. O sofrimento físico entristecia a todos os familiares e amigos. Realmente, todos sabiam do cuidado que ele mantinha pela saúde, sendo reconhecido pela prática constante de esportes desde quando jovem.
Apesar de observar seu corpo definhar, o homem manteve sua fé inabalável e seu espírito numa aura de paz perpétua.
Pinto faleceu aos 28 de novembro de 2021, com 62 anos de idade.
Contando a história de Crateús, buscamos mostrar personagens que de algum modo se destacaram pelas suas ações. Pinto foi um homem íntegro, sério e respeitado, de modo que a sua memória está guardada nos corações daqueles que tiveram a honra de conhecê-lo. A ele, o nosso mais profundo respeito.
Texto escrito por: Kaio Martins, Cientista Político.