PF faz operação contra influenciador Renato Cariani por tráfico de drogas


Na terça-feira (12), a Polícia Federal iniciou a Operação Hinsberg com o objetivo de combater o tráfico de drogas e o desvio de produtos químicos. A empresa Anidrol, situada em Diadema, na Grande São Paulo, é o principal alvo da operação. Renato Cariani, um influenciador fitness com mais de 7 milhões de seguidores, é sócio da empresa e também é um dos alvos da operação.

A operação, que está cumprindo 18 mandados de busca e apreensão em São Paulo, Minas Gerais e Paraná, investiga um grupo suspeito de desviar toneladas de um produto químico usado na produção de crack. Estima-se que entre 12 e 16 toneladas dessa droga tenham sido desviadas.

Segundo a Polícia Federal, o quilo do crack pode ser vendido por valores entre US$ 3 mil e US$ 5 mil no mercado brasileiro. A operação, que começou em 2022 e é realizada em conjunto com o GAECO do MPSP e a Receita Federal, foi iniciada após uma empresa farmacêutica multinacional denunciar a emissão de notas fiscais em seu nome sem sua autorização.

A investigação descobriu que o grupo emitia notas fiscais fraudulentas em nome de grandes empresas, como AstraZeneca, LBS e Cloroquímica. A Polícia Federal solicitou a prisão dos envolvidos, e o Ministério Público deu parecer favorável, mas a Justiça negou o pedido.

A Polícia Federal identificou cerca de 60 transações dissimuladas ligadas à atuação do grupo criminoso, totalizando cerca de 12 toneladas de produtos químicos (fenacetina, acetona, éter etílico, ácido clorídrico, manitol e acetato de etila), que poderiam render até 19 toneladas de cocaína e crack prontas para consumo.

A operação recebeu o nome de Hinsberg em referência a Oscar Hinsberg, químico cujo trabalho possibilitou a conversão de compostos químicos em fenacetina, o principal insumo químico desviado no esquema criminoso.

Cariani e outros envolvidos podem ser responsabilizados por tráfico, associação para o tráfico e lavagem de dinheiro, com penas que podem ultrapassar 35 anos de reclusão. A operação conta com o apoio do Gaeco e da Receita Federal na busca por evidências que possam esclarecer o esquema criminoso de desvio e tráfico de drogas.

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