Os protestos ganharam força especialmente após a implementação de um pacote de medidas econômicas rigorosas para tentar conter a inflação, que atingiu 161% anuais em novembro.
O presidente tem proposto uma série de reformas polêmicas, dentre elas a reforma trabalhista, que reduz a um terço as indenizações por demissões; aumenta de 3 para 8 meses o período em que se pode demitir sem indenizar; libera indivíduos contratarem no lugar de empresas para permitir que as demissões ocorram sem indenizações; e cia a figura do “trabalhador independente com colaboradores” (um “MEI”) sem direitos trabalhistas.
A reforma trabalhista ainda se mistura com o plano para conter as manifestações contra o governo elaborado pela ministra da Segurança, Patricia Bullrich, candidata da direita tradicional que se juntou a Milei, autorizando empresas demitirem sem indenização quem protestar contra o governo.
O ponto alto do protesto é a concentração na Praça de Maio, no centro de Buenos Aires, tradicional palco de mobilizações populares. No trajeto até a praça, passando pela Diagonal Sul, manifestantes tomaram toda a vida e bloquearam o trânsito, desafiando as ameaças de contenção do governo.
