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Ao publicizar o conteúdo de um áudio, Leonardo Araújo acusou o presidente do MDB Ceará de homofobia, já que em diversos momentos do áudio é possível notar o uso de tom depreciativo por parte de Eunício Oliveira ao aplicar os termo "bichinha" e "viado", todos direcionados à Leonardo Araújo.
"Me processa bichinha, eu quero contar seus podres todos, porque eu conheço todos. Ladrão é você, seu viado. Vai, processa, para eu mostrar que tu é baitola, viado e ladrão. Ladrão é você, seu viado escroto. Bichinha nojenta, afirma a voz que apontada como de Eunício Oliveira no áudio.
Pontua-se que Leonardo Araújo afirmou, ainda, que havia um conjunto de outras mensagens em que o ex-senador utilizava de ofensas direcionadas a ele, inclusive uma parte delas de cunho homofóbico. Salienta-se que Araújo planeja montar uma ata notarial, documento que usará para embasar sua saída da legenda comanda por Eunício Oliveira.
Procurado por alguns veículos de imprensa, o ex-senador questionou as acusações e disse que não "preconceito sobre opção sexual dele e nem de ninguém". Ao ser indagado sobre a existência de embate político com o ex-deputado, disse que "tem mais o que fazer".
Importante notar que o presidente do MDB Ceará usou a terminologia "opção" de modo equivocado, já que há consenso que o campo da sexualidade não está sujeito a escolha, como a fala do político dá a entender. Nessa linha, destaca-se que o termo correto é "orientação", a fim de deixar evidente que se trata de característica nata do individuo, ou seja, nasce-se com determinada orientação sexual, seja ela heterossexual ou homossexual.
Leonardo Araújo x Eunício Oliveira
Detalha-se, como expresso no início, que os desentendimentos entre os dois políticos datam de 2022. De acordo com Araújo, o hoje deputado federal Eunício Oliveira havia imposto que o seu nome como único a ser apoiado por Leonardo Araújo para a disputa à Câmara Federal. O ex-membro da Alece, por sua vez, destaca que levou alguns colégios eleitorais para o arco de alianças de Oliveira, porém, ele desejava que o prefeito de Pacatuba o apoiasse, o que não ocorreu. E, segundo Araújo, a partir desse ponto uma série de perseguições teriam começado.
Em declaração dada ao OpiniãoCE, Leonardo Araújo afirma que os recursos de fundo partidário de sua campanha vieram direto da executiva nacional, pois Eunício teria barrado repasses. "A Nacional depositou R$ 100 mil direto, e mandou um cheque de R$ 300 mil para o Eunício depositar, mas ele não depositou". "Eu era líder do partido na Assembleia, vice-presidente, e minha mulher [Ana Paula Araújo] é presidente do MDB Mulher. Tudo por conquista, ele não me deu nada", comentou. Ouça o áudio atribuído ao deputado federal e presidente do MDB Ceará, Eunício Oliveira clicando aqui.
Por Paulo Junior/Miséria
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