Passou a repercutir nacionalmente nessa segunda-feira (17) um gesto feito pelo deputado federal Yury do Paredão (PL). O político acompanhou o ministro da Integração Nacional, Waldez Góis, em uma agenda cumprida no estado do Pernambuco. A ação ocorreu na última quinta-feira (13), quando as autoridades vistoriavam o Núcleo de Controle Operacional da Integração do São Francisco, localizado em Salgueiro -PE. Contudo, o destaque ficou por conta do gesto do parlamentar, que apareceu em uma foto fazendo 'L' de Lula. O movimento com as mãos caracterizou-se como um dos principais pontos da campanha petista em 2022.
O gesto feito pelo deputado fez com que o presidente nacional do PL, Valdemar da Costa Neto, fosse às redes sociais e afirmasse que havia solicitado ao diretório do partido no Ceará que abrisse processo de expulsão contra o político. Em publicação no Twitter, Valdemar escreveu : "Solicitei ao Diretório do PL no Ceará a abertura do processo de expulsão do deputado federal Yury do Paredão. Ao que tudo indica, o parlamentar licenciado parece não comungar com os ideais do Partido Liberal".
Yury se elegeu como aliado de Bolsonaro (PL), entretanto, logo após o resultado das eleições passou a movimentar-se para próximo do governo eleito, tanto em âmbito federal quanto na esfera estadual. O parlamentar, por exemplo, fez questão de recepcionar o presidente Lula (PT) quando este esteve no Cariri. Yury foi privilegiado, ainda, com convite para estar no palanque, ao lado do petista, na cidade de Crato, local que abrigou o evento da administração federal.
Salienta-se que a proximidade do político juazeirense com a gestão federal já vinha trazendo incômodos para a estrutura partidária, em maio o também deputado federal cearense, André Fernandes (PL), veio a público e pediu a expulsão de Yury da legenda. Observa-se que naquele período, Yury do Paredão chegou a dizer que era "preciso olhar para frente", e que "conflitos radicais não fazem bem ao país".
O portal Diário do Nordeste procurou Yury para que ele comentasse a postagem do presidente nacional do PL. Em nota enviada ao periódico, o parlamentar afirmou que não havia sido informado sobre nada e que também não havia sido procurado por Valdemar da Costa Neto. O político frisou, ainda, que mantém o chamou de "posicionamento de independência".
Por Paulo Junior/Miséria