Em Lisboa, Lula afirma que 'governo não pode ser só do PT'




O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) mencionou neste sábado (19), durante discurso no Instituto Universitário de Lisboa, em Portugal , que o governo dos próximos quatro anos não será apenas de petistas.

"O governo não pode ser só do PT. Temos que ter um governo com mais gente da sociedade, mais gente de outros partidos, e mais gente que não tem nenhum partido", disse a brasileiros e portugueses.

Os nomeados para as equipes de transição são de maioria petistas. Entre os 290 nomes anunciados por Lula, 66 são do PT. Do total, 130 tem filiação partidária distribuídos em 16 siglas diferentes.

Ainda, durante o discurso em Lisboa, o presidente eleito afirmou que o atual comandante do país, Jair Bolsonaro (PL) , "não soube perder" e que derrotará o bolsonarismo "sem usar práticas da extrema-direita".

"A democracia não é um pacto de silêncio. Mas quem foi derrotado agora não soube perder e terminou em um processo que a gente não conhecia no Brasil: a violência da extrema-direita. A gente derrotou o Bolsonaro e ganhou as eleições, mas o bolsonarismo está vivo. Mas vamos derrotá-lo sem utilizar os métodos que utilizam contra nós", afirmou.

Sobre a provocação que recebeu de alguns eleitores de Bolsonaro durante sua passagem por Portugal, Lula provocou: "Não discutam com bolsonarista (em Portugal). Digam para eles irem para o Brasil ajudar o Bolsonaro porque ele está precisando".

"Não tenho diploma universitário, mas fui o presidente que mais criou universidades. Vamos fazer mais, para que as pessoas tenham a oportunidade que não tive. Não adianta dizer que estou gastando dinheiro com educação. Não estou gastando, estou investindo, qualificando o povo", disse Lula.

Lula em Portugal

O petista chegou pousou em Lisboa, capital portuguesa, na sexta-feira (18) . Acompanhado de Fernando Haddad (PT), ele foi recebido pelo presidente português Marcelo Rebelo de Sousa no Palácio de Belém.

Além do mandatário português, se encontraram com Lula também o ministro dos negócios estrangeiros de Portugal, João Gomes Cravinho, e o presidente de Moçambique, Filipe Nyusi, e a ministra de negócios estrangeiros de Moçambique, Verónica Nataniel Macamo Ndlhovo.



IG

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