Estudante de Ipaporanga descobre 5 possíveis asteróides em programa da NASA


 Rafael Pereira de Sousa, estudante de Engenharia Ambiental e Sanitária na UFC de Crateús, residente em Ipaporanga, é integrante do projeto Caça Asteroides MCTI, programa em parceria entre o Ministério da Ciência Tecnologia e Inovações e o International Astronomical Search Collaboration (IASC) da Nasa, a agência espacial norte-americana. Com o apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), a iniciativa tem como propósito popularizar a ciência entre cidadãos voluntários.

O estudante faz parte de uma equipe composta por outras duas alunas também da UFC, Maria Fernanda Rodrigues e Maria Orlanilda Araújo, que receberão certificados da NASA por terem participado da iniciativa.

O Caça Asteroides é realizado por meio de uma plataforma da Nasa que fornece imagens captadas por um telescópio pertencente à Universidade do Havaí. Essas imagens são distribuídas às equipes cadastradas e analisadas pelo software Astrometrica. Os participantes recebem treinamento on-line para sua realização e devem identificar e enviar os relatórios dos asteroides ou objetos próximos à Terra.

Rafael Pereira descobriu, até o momento, 5 possíveis asteroides. Essa detecção preliminar é catalogada somente após uma análise minuciosa. Os relatórios do estudante foram revisados e validados pelo IASC e submetidos ao Minor Planet Center (MPC), em Harvard, nos Estados Unidos. O MPC é reconhecido pela União Astronômica Internacional (IAU), situada em Paris, na França, como o repositório oficial mundial de dados sobre asteroides. Os resultados foram divulgados na quinta-feira (18). 

Com o tempo, se as detecções de Rafael Pereira forem confirmadas por observações adicionais feitas por grandes pesquisas do céu (por exemplo, Pan-STARRS, Catalina Sky Survey), elas podem se tornar descobertas e ser numeradas pela IAU, entidade que faz o anúncio oficial quando há uma comprovação. Todo este processo, desde a primeira detecção até o status de descoberta, leva de 3 a 5 anos. E, uma vez reconhecida, o ‘descobridor’ do asteroide pode sugerir um nome de batismo à IAU.

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