Defesa Civil registra 20 mortos e 31 mil desabrigados por chuvas na Bahia


Corpos são levados para Ilhéus - Foto: Camila Souza/GovBa

A devastação de municípios baianos por temporais já atingiu, desde o início do mês, mais de 470 mil pessoas, deixou 31 mil desabrigados, 358 feridos, 20 mortos e 100 cidades em estado de emergência. As chuvas se intensificaram entre os dias 24 e 27.

Famílias estão dependendo de doações para se alimentar e beber água limpa.

As histórias de destruição são inúmeras. Na noite de Natal, havia 37 cidades com comunidades embaixo d’água. Nesta segunda-feira (27), mortos foram transportados de barco para serem enterrados em Ilhéus. Até mesmo uma aldeia indígena em Porto Seguro, com 200 habitantes, foi severamente atingida.

Com as cheias dos rios e os temporais, cidades foram acometidas por deslizamentos de terra, inundações e enchentes. Casas, pontes, barragens e estradas desapareceram.

A tragédia que se abateu sobre a população dessas cidades foi comentada até pelo presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, que comparou o fato à destruição de cidades pelo tornado que se formou no início do mês naquele país. Em entrevista à imprensa, Biden disse acreditar que as mudanças climáticas têm relação com esses desastres naturais ocorridos nos dois países.

Além da chuva
Não é apenas a chuva a responsável pelas enchentes e destruição de casas. A falta de investimentos em prevenção e a devastação ambiental são parte importante dessa catástrofe, já considerada a pior da história da Bahia.

O sul do estado vem passando por décadas de desmatamento que compromete a proteção natural da região. Especialistas afirmam que a gravidade dessa tragédia também tem ligação direta com a transformação ambiental na região.

Meteorologistas também afirmam que as enchentes são consequência das alterações climáticas, com aumento de 1 grau nas águas da superfície do Oceano Atlântico. A previsão é que as chuvas continuem nos próximos dias.

“Somos todos solidários ao povo castigado pela chuva e pelo histórico descaso dos governantes. Infelizmente, este é mais um caso em que o povo paga com a vida pela precariedade das moradias e da infraestrutura das cidades. É preciso exigir dos governos a plena assistência a essa população”, afirma o presidente do Sindicato, Weller Gonçalves.

Via sindmetalsjc

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