Crateuense é medalha de bronze na paralimpíada de Tóquio

Maciel Santos em atuação na bocha nos Jogos Paralímpicos de
 Tóquio — Foto: REUTERS/Marko Djurica

A primeira medalha da bocha no Brasil em Tóquio é de uma figura já ambientada aos pódios paralímpicos. Campeão individual nas Paralimpíadas de Londres, em 2012, e prata na Rio 2016, Maciel Santos garantiu o terceiro lugar no individual da classe BC2, sem opção de auxílio de ajudantes.

O bronze veio depois da vitória por 4 a 3 sobre Worawut Saengampa, da Tailândia, e foi o primeiro dos dois conquistados pelo Brasil na noite desta terça-feira, manhã de quarta no Japão, que também teve José Carlos Chagas entre os destaques, na classe BC1, onde os competidores podem ter auxílio para estabilizar a cadeira de rodas e receber a bola.

Maciel sabia que não teria vida fácil na disputa pelo bronze. O atleta tailandês foi nada menos que campeão mundial no individual e por equipes em 2018 e ouro por equipes há cinco anos, nas Paralimpíadas do Rio. No entanto, o brasileiro de 35 anos não demorou a mostrar os motivos que o credenciam a um dos principais nomes da modalidade no cenário atual. Analisando milimetricamente cada jogada, ele abriu 1 a 0 no primeiro dos quatro games. Depois, ampliou a vantagem na segunda parcial, fechando por 2 a 0.

Apesar do bom início, o brasileiro teve dificuldades para manter a consistência no restante do duelo. Foi assim que, no terceiro game, ele viu o atleta da Tailândia reagir e empatar o jogo em 3 a 3, liberando a bola branca (ou jack) com um arremesso implacável. No entanto, no último arremesso, Maciel devolveu de forma ainda mais brilhante para encostar na bola e dar números finais à partida. Final 4 a 3 para o Brasil e lugar garantido no pódio.

Praticada por atletas com elevado grau de paralisia cerebral ou deficiências severas, a bocha paralímpica consiste em lançar as bolas coloridas o mais perto possível de uma branca (jack ou bolim). Todos os atletas competem em cadeira de rodas. No caso de pessoas com maior comprometimento dos membros, é permitido contar com ajudantes (calheiros) e instrumentos para auxiliar nos arremessos. É seguindo isso que as classes são distribuídas.

Na BC1, os atletas podem ter auxílio para estabilizar a cadeira e receber a bola. Na BC2, não há assistência. A BC3 é para atletas com deficiências muito severas, que utilizam instrumento auxiliar e podem ser ajudados por outra pessoa, e a BC4 para pessoas com deficiências severas que competem sem assistência.

Via Globo Esporte

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