Camilo defende união de Lula e Ciro contra Bolsonaro e abre possibilidade de concorrer ao Senado


O governador do Ceará Camilo Santana (PT) defendeu, nesta terça-feira, 15, a união entre seu correligionário, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e o pedetista Ciro Gomes, de quem é aliado, para “tirar o Brasil de um caminho obscuro”.

“O que tenho procurado defender e construir é que possamos estar juntos [em 2022]. Eu provoquei um encontro de Ciro e Lula em setembro do ano passado. Fazia anos que eles não se encontravam. Acredito que eles têm muito mais convergências do que divergências”, disse o governador, em participação no programa UOL Entrevista.

Apresentado por Fabíola Cidral e contando com a participação dos colunistas Tales Faria e Josias de Souza, o programa debateu, ainda, temas como a possibilidade de candidatura de Camilo a uma cadeira no Senado, a aquisição de vacinas, a influência do presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), em motins de policiais, como o deflagrado no Ceará em 2020 ano passado, e a possibilidade de um golpe no País.

O governador está em seu segundo mandato como chefe do Executivo Estadual e, por isso, não pode concorrer à nova reeleição. Pensando no futuro, Camilo deixou em aberto a possibilidade de disputar uma vaga no Senado em 2022. “É claro que tem opções para avaliar, há perspectiva nesse sentido. Todas minhas decisões são coletivas. Se for importante pro Ceará, vamos avaliar essa candidatura”, declarou Camilo.

Camilo afirmou que o discurso e a postura de Bolsonaro motivam policiais a agirem de forma violentas como nos protestos antigoverno em Recife, no qual duas pessoas ficaram cegas após serem atingidas por bala de borracha nos olhos e a deflagrarem motins como o visto em 2020 no Ceará.

“Aqui, até pela reação forte que tivemos, será mais difícil, porém o clima liderado pela maior autoridade do país favorece essas ações, como aconteceu aqui no Ceará e em Pernambuco. Acho que o discurso e forma como ele age favorecem isso”, disse o governador, afirmando que defende mudança na lei para proibir que policiais sigam na corporação em caso de filiação a partidos políticos e de disputarem eleições.

UOL

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