Munições desviadas da Polícia Militar do Ceará foram utilizadas por milícia em homicídios no Rio

Controle de munição em batalhão de São Gonçalo era feito com giz

Munição comprada pelas polícias do Rio e do Ceará, pela Secretaria de Administração Penitenciária do Rio, pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) e pelo Exército foi usada pela milícia para matar desafetos no Estado do Rio. Cartuchos adquiridos pelas corporações foram apreendidos em locais de crime de dez homicídios cometidos por grupos paramilitares entre 2017 e 2020 na Região Metropolitana do Rio.

Quatro dos assassinatos cometidos pela milícia com o uso de munição comprada com dinheiro público aconteceram em Itaboraí. No local do crime, agentes da Delegacia de Homicídios (DH) encontraram cartuchos de três lotes comprados pela Secretaria de Segurança Pública (SSP) do Ceará. Dois deles tinham como destino a Academia de Segurança Pública (Aesp), responsável pela formação e treinamento de policiais militares, civis e bombeiros do estado. No ano passado, dois instrutores desta academia desviaram lotes que foram usados numa chacina em Quiterianópolis.

A polícia ainda não sabe como a munição comprada no Ceará chegou a Itaboraí. Segundo a Secretaria de Segurança Pública (SSP) do estado nordestino, há sindicâncias abertas que apuram “informação acerca de desvios de munições da Aesp”. Segundo a SSP, quatro policiais militares foram presos pelos desvios que culminaram na chacina de Quiterianópolis "após investigações conduzidas por uma comissão composta por duas delegacias e três departamentos da Polícia Civil".

As informações são do Extra.

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