Atualizado: MPCE denuncia vereadores, servidores e empresário por desvio de dinheiro público na Câmara de Crateús

Atualização em 26/09:

O Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE), por meio do Grupo Especial de Combate à Corrupção (Gecoc) e da 4ª Promotoria de Justiça de Crateús, denunciou, nesta sexta-feira (25/09), dois vereadores, três servidores públicos e um empresário pelos crimes de corrupção ativa e passiva, peculato, lavagem de dinheiro, falsidade ideológica e associação criminosa. A peça criminal foi protocolada oito dias após a Operação Vértice, deflagrada no dia 17 de setembro e que investiga o desvio de dinheiro público na Câmara de Crateús. Desde então, duas pessoas se encontram presas temporariamente. 

Na denúncia desta sexta-feira, o MPCE sustenta que vereadores, empresários e servidores se associaram para fraudar a execução de “Serviços de Assessoria”, garantindo que recursos públicos da Câmara fossem desviados para a empresa contratada e, a partir daí, para a operadora financeira do esquema, que anteriormente já havia sido integrante da comissão de licitação da Casa.  

Segundo a investigação do MP, o desvio de dinheiro público somente foi possível devido à anuência dos vereadores e servidores denunciados para que a Câmara pagasse por um “serviço de fachada”, através de fraude nos processos de pagamento, facilitando também a lavagem do dinheiro desviado. Em contrapartida, a empresa contratada pagava propina mensalmente, na ordem de 50% a 80% do valor que recebia da Câmara. Um dos denunciados ouvidos pelo MPCE, inclusive, admitiu que a propina paga por sua empresa visava garantir a manutenção de seu contrato junto à Casa Legislativa. De acordo com informações, denúncia passa a abranger os vereadores João de Deus e Enivaldo Curisco.

Mandados de busca e apreensão foram cumpridos no dia 17/09, apenas contra os vereadores Emerson Coelho e Antonio Luiz Júnior, e apenas uma servidora da Câmara Municipal, identificada como Shirley Azevedo foi presa, na 2ª fase da Operação Bamburral em Crateús, ocorrida na manhã desta quinta-feira, 17.

A operação que teve sua primeira fase em dezembro de 2016, investiga atos de improbidade administrativa cometidos por vereadores do município.

Ainda de acordo com informações, há ainda outros mandados de buscas e apreensões e prisões em aberto.

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